O Sindprevs/SC realizou, no dia 21 de outubro, um encontro estadual com os servidores do INSS para debater a situação da categoria diante das inúmeras perdas nas condições de trabalho agravadas com o ciclo da pandemia de Covid-19. Os servidores também estão descontentes com questões como o não cumprimento do acordo da greve de 2015 e com o fim do Regime Especial de Atendimento em Turnos (Reat).
Os programas de gestão, a mudança forçada para o modelo de teletrabalho e home office, as metas ostensivas e o fim das 30 horas de trabalho semanais são alguns dos problemas intensificados no último período. Soma-se a esse cenário, a falta de políticas de saúde do trabalhador, com diversos servidores afastados por doenças, e a histórica escassez de servidores para dar conta da demanda, considerando as falsas promessas de realização de concurso público.
Além disso, como lembrou a dirigente da Fenasps e servidora do INSS do Paraná, Viviane Aparecida Pereira Peres, presente ao encontro, o momento é de ataque as organizações representativas e à perspectiva coletiva. “A lógica do INSS é fragmentar e individualizar os servidores, nos isolando cada vez mais para que não se consiga encontrar soluções coletivas”, argumentou.
Luciano Véras, dirigente do Sindprevs/SC, informou sobre a última reunião da Fenasps com o presidente do INSS, no dia 15 de outubro. Na oportunidade, o gestor se descomprometeu com o que tinha acordado com a Fenasps sobre manter o turno estendido até janeiro de 2022, rebaixando o tom da reunião e desarticulando qualquer possibilidade de negociação com as entidades sindicais.
Veras também reforçou o empenho dos servidores públicos federais em barrar a Reforma Administrativa que tramita no Congresso Nacional e as ações que as frente em defesa do serviço público têm realizado nos estados e em Brasília. “Caso a Reforma Administrativa seja aprovada, o caminho será a privatização do serviço público e a capitalização do seguro social”, afirmou.
Ou seja, a Reforma Administrativa é mais uma ferramenta para entregar o patrimônio público à iniciativa privada e destruir a maior política pública oferecida pelo Estado brasileiro e que chega à população através do INSS.
Os servidores do INSS de Santa Catarina, em Assembleia realizada no dia 13 de setembro, encaminharam a mobilização para que seja construída a greve. Os servidores presentes no encontro também reforçaram a necessidade de continuar as discussões com os colegas para que se construa, a curto prazo, um movimento grevista para barrar as ofensivas que os servidores vêm sofrendo no último período.
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