Minha casa, nossa casa: Abya Yala
Florianópolis inaugurou nesse dia 18 de agosto a Casa da América Latina, uma proposta que floresceu a partir da professora da UDESC, Carmen Susana Tornquist, e que foi abrindo raízes junto a outras companheiras e companheiros, também latino-americanistas. Essa vontade viva de ter um espaço onde os irmãos e irmãs de Abya Yala pudessem se encontrar e onde pudesse pulsar essa alma mestiça de negro/índio/espanhol/português que nos faz povo.
Pois nessa noite do 18 de agosto foi assim. Amigos, música da pátria grande, Artigas, lembranças, emoções, alegrias. Tudo junto e misturado nessa paixão que move a vida desde que Bolívar entendeu que sozinhos somos fracos, juntos somos gigantes e saiu por aí a semear. Simón não viu acontecer, Artigas também não. Mas o povo em luta a fará, pátria/mátria nossa.
A inauguração teve sons da américa, batida de tambor, chorinho, poesia, imagens. Teve comida compartilhada, teve criança, velho, moço. Teve argentino, uruguaio, chileno, cubano, brasileiro, caboclo, branco, negro, índio, tudo o que forja essa pátria grande. Teve abraço, teve riso, teve até lágrimas. Essas que brotam da pura emoção da vida compartilhada. E teve a presença segura da sempre amada Gina Couto, uruguaia que viveu em Florianópolis realizando um trabalho incansável de difusão das lutas latino-americanas.
Nessas imagens do fotógrafo Rubens Lopes, um pouco da alegria que permeou toda a atividade, que teve falas amorosas, música e o documentário sobre Artigas. A alegria que vem da certeza de somos companheiros e estamos juntos, mesmo que a vida esteja gris, que haja golpe. Porque somos Abya Yala, somos povo latino-americano, somos um só vibrando nesse imenso continente. Caminhamos... Estamos juntos...
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