No dia 9 de abril, a direção do Sindprevs/SC participou da reunião com os trabalhadores e trabalhadoras da APS de Palhoça e o Gerente Executivo de Florianópolis, Gilsinei José Cargnin.

A reunião foi motivada após o corrido no dia anterior, 8 de abril, quando um segurado agrediu verbalmente os trabalhadores da APS e jogou uma impressora contra a servidora que a atendeu e a estagiária. O Segurado havia solicitado uma certidão de óbito, sendo que este documento não é fornecido pleo INSS.

O segurado proferiu chutes e socos nas portas e divisórias, quebrando o que encontrou a sua frente. A polícia militar foi acionada, mas quando chegou ao local o agressor havia saído.

O ocorrido gerou pânico entre os presentes além de expor a vulnerabilidade da Agência em garantir segurança aos servidores e segurados.
Diante da situação exposta, os servidores, inclusive os peritos médicos, suspenderam o atendimento no dia 8.

Na reunião do dia 9, foram debatidas questões como a falta de servidores, o acúmulo de trabalho e a superlotação na agenda, o que leva aos servidores a não conseguirem suprir as demandas dos segurados, deixando-os mais nervosos e violentos, o que resulta cada vez mais cenas como a do dia 8.

Os segurados acabam descontando a insatisfação com o sistema previdenciário, que está sobre forte ataque do governo federal, refletindo diretamente nos trabalhadores e trabalhadoras das APSs.

O Gerente propôs como solução do agendamento a distribuição de agendas nos períodos de manhã e à tarde e a divisão dos já escassos trabalhadores nestes períodos.

São muitos agendamentos e poucos servidores.

O Sindicato e os trabalhadores também questionaram sobre a quem recorrer para apoio e atendimento psicológico para os servidores que passam por esse tipo de agressão ou casos semelhantes, já que o SIASS e o próprio SQVT (Programa Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho) encontram-se quase desativados.

Sem apontar uma solução concreta, a Gerência citou a problemática do INSS a nível nacional.

O Sindprevs/SC chamou a atenção que o INSS está sendo sucateado e privatizado para ser entregue ao capital financeiro, ao mercado, onde vidas pouco importam. Cada vez mais há a negativa de benefícios por ordem do governo federal e suas medidas descabíveis para aniquilar de vez o INSS e os serviços públicos. Sendo assim, ao menos que os servidores se unam e se organizem para exigir dignidade e frear a privatização do INSS e seus serviços, pouco ou nada poderá ser revertido nesse governo.

Ate lá, é preciso muito diálogo com a população e exigir do governo medidas que deixem a APS mais segura, para segurados e servidores.

O Sindprevs/SC está aberto ao diálogo com a administração, mas seguirá firme nas cobranças.

Nova reunião entre Sindicato e trabalhadores está marcada para o dia 17 de abril, às 13 horas, na APS.

Reunião na Superintendência Regional

Em reunião hoje, 11 de abril, com a Superintendente Regional Sul do INSS, Kathia Maria Moreira Braga, ela assegurou ao Sindprevs/SC que visitará a Agência de Palhoça e disponibilizará uma equipe do SQVT para conversar no local com os servidores.

Por Nenhum Direito a Menos!
Sigamos juntos e na luta!

Fotos: Divulgação Sindprevs/SC

 

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