A greve no INSS chegou ao 91º dia nesta segunda-feira, 14 de outubro. Esta já pode ser considerada uma das maiores greves da história da carreira do Seguro Social e da Fenasps, que está na luta desde junho de 1984, há mais de 40 anos, portanto, quando ainda vigorava uma ditadura militar no país.

Ao longo de quatro décadas, a Fenasps vem fazendo o enfrentamento aos ataques e defendendo os direitos da classe trabalhadora, e durante esta greve não poderia ser diferente. Na sexta-feira, 11, o Comando Nacional de Greve (CNG) encerrou uma semana de intensas mobilizações com um ato em frente ao Ministério da Fazenda. Veja na galeria de fotos abaixo:

Por que Fazenda?

A ideia de realizar o ato em frente ao Ministério da Fazenda se justifica porque, atualmente, é o ministério fiel da balança do governo no modelo de conciliação com a burguesia e com os grandes banqueiros. O ministro Fernando Haddad vem agindo como um leal empregado dos grandes bancos, dos fundos de pensão e do capital financeiro, de um modo geral, para garantir o recebimento dos juros da dívida pública. A aprovação do novo arcabouço fiscal é apenas uma das provas disso.

Durante o ato, a Fenasps salientou que a atual gestão do Governo Federal deve fazer a concessões para classe trabalhadora, e não aos banqueiros, senão a derrota e o avanço do capital serão avassaladores sobre os direitos trabalhistas.

A greve deflagrada no Seguro Social está para além das pautas específicas, seus eixos centrais representam a defesa da Previdência Pública, do Serviço Público e da classe trabalhadora, e contra as políticas neoliberais de Estado mínimo.

Vale ressaltar que o ato realizado na sexta, 11, será apenas o primeiro de muitos que ocorrerão no local. Provavelmente vão ocorrer outras manifestações, com ainda mais adesão, já que deve se mobilizar também o conjunto de demais servidoras/es federais para derrubar as contrarreformas da Previdência, trabalhista e a nova proposta de “Reforma Administrativa“ que está por vir sob os escombros da PEC 32.

A valorização da carreira e o reconhecimento das atribuições exclusivas dos servidores são a materialização da luta contra a reforma administrativa: são eixos da mesma luta e que devem permanecer no horizonte das/os trabalhadoras/es do Seguro e Seguridade Social e das demais categorias de servidoras/es federais.

Fonte: Fenasps

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